Juliana Oliveira foi ouvida pela Polícia Civil de Osasco, na Grande São Paulo, na quarta-feira (23), sobre a denúncia de estupro contra Otávio Mesquita. Após o depoimento, a ex-assistente de palco do “The Noite” rebateu Danilo Gentili, afirmando que ele só postou parte do áudio nas redes sociais. Ela ressaltou que não recebeu ajuda do SBT e afirmou haver outros relatos contra Mesquita.
A denúncia formal foi protocolada em março no Ministério Público de São Paulo, que solicitou a abertura de inquérito. O pedido foi acatado na semana passada pelo 7º Distrito Policial de Osasco, onde Juliana chegou acompanhada do advogado, Hédio Silva Jr. “O delegado tem 30 dias para concluir o inquérito, nós vamos indicar, do nosso ponto de vista, algumas provas que podem corroborar com coisas que apareceram após a denúncia feita ao MP. As provas são robustas e a pena pode chegar a 10 anos de prisão“, declarou Hédio à jornalista Márcia Dantas.
Juliana afirmou: “Foi um abuso, não foi consentido. Reclamei no dia. Alguns anos depois, percebi o que tinha acontecido de fato. Quando eu finalmente denunciei na empresa, nada foi feito e, além disso, fui demitida“. Ela rebateu Gentili, que afirmou em vídeo que tentou denunciar Mesquita. O humorista disse que foi impedido pela ex-assistente e expôs um áudio para comprovar suas falas. Juliana, entretanto, apontou que Gentili não mostrou toda a gravação. “Eu tinha muito medo. Em 2020, quando eu vi o Danilo defendendo a Dani Calabresa, que aliás, ele só postou a parte do áudio, tem a conversa antes, né? Ele fala que ele não vai colocar a conversa inteira senão o vídeo vai ficar comprido. Mas, na verdade, vai contradizer o que ele diz“, garantiu. Juliana denunciou Mesquita por episódio no “The Noite”, em 2016. (Foto: Reprodução/SBT) Juliana ressaltou que não recebeu o apoio esperado e que tinha medo de fazer a denúncia. Ainda, a ex-assistente contou que só mudou de ideia quando Daniela Beyruti assumiu o comando do SBT. “Eu tinha medo, em 2020, foi me oferecido denunciar, mas eu não quis por medo. Em 2024, eu vi que a liderança da firma era uma mulher, e talvez isso tenha me motivado, mas nada foi feito“, desabafou. Por fim, ela demonstrou estar ciente dos ataques e revelou o uso de medicamentos por conta de toda a polêmica. “Estou tomando remédio, a cabeça não está legal. Estou mexendo com gente grande, as pedradas virão de todos os lados“, concluiu. Assista: 📣Urgente! Juliana Oliveira dobra a aposta com Danilo Gentili.Será que o nosso bravo palmitão @DaniloGentili vai deixar barato? pic.twitter.com/Okf3MGJCxI — Camis: A Cocei! (@Camis_Cocei) April 25, 2025 Continua depois da Publicidade Relatos contra Mesquita Em seu depoimento à Polícia Civil, Juliana afirmou que foi procurada por duas mulheres que, assim como ela, teriam sido vítimas de violência sexual por parte de Mesquita. A informação foi revelada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, o depoimento durou cerca de 2 horas. A expectativa de Hédio Silva, que defende Juliana, é que ambas as mulheres sejam ouvidas dentro do inquérito aberto para apurar o episódio. Juliana descreveu que Mesquita teria praticado “atos libidinosos com emprego de força física” diante de mais de uma centena de pessoas no estúdio, com ampla repercussão nas redes sociais. Na queixa, ela relatou que o episódio ocorreu durante uma gravação do “The Noite”, em 2016. Na ocasião, Mesquita estava de ponta cabeça e supostamente tocou nas partes íntimas de Juliana, que o auxiliava. Ela teria reagido com tapas e chutes. A defesa da assistente salientou que ela “demonstrou contrariedade com palavras e gestos, tentando se desprender diversas vezes” do apresentador. Mesquita também entrou na Justiça contra Juliana. (Foto: Reprodução/ Instagram) Procurado pela publicação, o advogado de Mesquita, Roberto Campanella, afirmou que a defesa não possui conhecimento de “qualquer nova manifestação formal envolvendo outras pessoas ou relatos“. O apresentador negou o crime, alegando que tudo não passou de uma brincadeira combinada. Além disso, ele entrou na Justiça contra a ex-assistente e pediu uma indenização de R$ 50 mil por danos morais. “Importa ressaltar que a instauração do inquérito não implica o oferecimento de denúncia, mas sim o início da apuração formal dos fatos“, disse a defesa em nota à coluna. “Após a conclusão dessa etapa, com todas as partes ouvidas, caberá ao Ministério Público avaliar se há fundamentos jurídicos para dar seguimento ao caso“, encerrou.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br