Ler resumo Nesta terça-feira (23), o SBT se pronunciou após Ludmilla recusar um convite de homenagem feito pela emissora. A cantora acusou o canal de dar espaço a atitudes racistas, e a empresa afirmou, em nota, que não compactua com manifestações de cunho racista.
Nesta terça-feira (23), o SBT se manifestou após Ludmilla recusar um convite de homenagem feito pela emissora e acusar o canal de dar voz ao racismo. Ao Metrópoles, a empresa da família Abravanel afirmou que “não compactua com atos de cunho racista”.
“O SBT não compactua com atos, insinuações, discursos ou quaisquer manifestações de cunho racista, e repudia todas as formas de discriminação”, diz o texto enviado ao portal.
Entenda Ontem (22), Ludmilla manifestou após receber uma mensagem do SBT, na qual foi sugerida uma homenagem. De acordo com a assessoria da cantora, o motivo da atitude estaria relacionado ao processo de injúria racial contra o apresentador do “Primeiro Impacto”, Marcão do Povo. Marcão do Povo é o apresentador do “Primeiro Impacto”. (Foto: Reprodução/SBT) “Hoje eu recebi uma mensagem do SBT dizendo que quer muito fazer uma homenagem pra mim. Mas antes de qualquer coisa, eu queria muito agradecer profundamente a todas as pessoas que engajaram nessa causa, me mandaram mensagem, se posicionaram e entenderam a gravidade do que realmente aconteceu. Meu muito obrigado a todos vocês“, iniciou a cantora. Em seguida, Lud fez um desabafo sobre a situação: “Mas eu preciso ser muito honesta aqui. Eu não posso aceitar uma homenagem enquanto essa mesma emissora segue dando voz, segue dando espaço, respaldo e pessoas convenientes com a atitude racista, entendeu? Isso pra mim é incoerente e inaceitável”. Continua depois da Publicidade A estrela ainda relembrou um vídeo em que Marcão do Povo agradeceu ao vivo à família Abravanel, que comanda o SBT, após ter sido inocentado no caso. “Enquanto isso continuar acontecendo, eu não vou compactuar com racismo, porque racismo não se resolve com homenagem e sim resolve com responsabilidade”, disse ela. Ludmilla ainda relembrou o momento em que o apresentador a chamou de “pobre macaca”. “A maior homenagem pra mim nesse momento seria Justiça. Eu não posso acreditar que esse silêncio seja de apoio para uma atitude criminosa”, escreveu a cantora. Veja o vídeo completo abaixo: LUDMILLA recusa homenagem do SBT e critica emissora: “Eu não posso aceitar uma homenagem enquanto essa mesma emissora segue dando voz, respaldo e pessoas com atitudes racistas, isso para mim é incoerente e inaceitável.” pic.twitter.com/b05lns2RHs — QG do POP (@QGdoPOP) December 22, 2025 Anteriormente, o apresentador disse que foi “inocentado” das acusações pelo Superior Tribunal de Justiça. Ludmilla, então, rebateu e afirmou que ele usou uma “manobra para se livrar das consequências”. “Depois de mais de 10 anos, hoje recebi o vídeo de um apresentador do SBT que não foi transparente mais uma vez com o seu público. Ele não foi inocentado. Na verdade, ele usou uma manobra para se livrar das consequências. A Justiça reconhece o racismo que ele cometeu contra mim, mas não vai pagar nada por isso. É uma manobra processual absurda, da qual estou indignada, mas que ele não vai cumprir os efeitos da decisão”, explicou. Ludmilla desabafou sobre convite feito pelo SBT. (Foto: Lucas Ramos/ Brazil News) Já nessa ocasião, a artista lamentou o fato do SBT ainda tê-lo em sua grade de programação: “O SBT, que é uma emissora histórica, que sempre representou a pluralidade do Brasil, precisa saber que mantém em sua casa um condenado por racismo”. Relembre o caso O processo corre na Justiça desde 2017, quando Marcão chamou Ludmilla de “pobre macaca” no programa “Balanço Geral”, na edição transmitida pela Record brasiliense. Na época, o apresentador reportava um encontro da cantora com fãs, no qual ela teria evitado tirar fotos com os admiradores. Marcão foi acusado pelo MP do DF por injúria racial e acabou absolvido pela 3ª Vara Criminal, em primeira instância, em março de 2023. No entanto, a defesa da cantora recorreu e acabou vencendo a disputa na segunda tentativa, o que foi revertido, em 2024, com a decisão da ministra Daniela Teixeira.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br