Ler resumo Ullisses Campbell contou ao Metrópoles que já foi processado várias vezes por Suzane von Richthofen e que todas as ações foram derrubadas. Ele detalhou as tentativas de censura e a nova repercussão do caso após Tremembé. Leia a entrevista completa.
Ullisses Campbell, roteirista da série “Tremembé“, do Prime Video, afirmou já ter sido processado por Suzane von Richthofen em diversas ocasiões. Em entrevista ao Metrópoles, divulgada neste domingo (16), o escritor revelou as ações e reconheceu que seus livros podem ter trazido o nome da criminosa de volta aos holofotes.
Ao falar sobre a repercussão da produção, Campbell explicou que acompanha o caso há muitos anos e que Suzane tentou barrar algumas de suas publicações na Justiça. “Ela fica naquela: ‘eu odeio’, mas ao mesmo tempo ‘consigo faturar com isso’”, declarou. O roteirista afirmou que perdeu a conta das tentativas de censura e disse que todas as ações movidas por ela foram derrubadas.
Condenada por planejar o assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, Suzane atuou com o então namorado, Daniel Cravinhos, e o cunhado, Cristian, responsáveis pela execução do crime. Campbell apontou que a visibilidade de Suzane voltou a crescer com a série e citou o desempenho das redes sociais da ex-detenta. “Ela tinha 50 mil seguidores, dobrou esse número. Agora vende muito mais aquelas ‘bugigangas’ dela do que vendia antes, graças a essa visibilidade [da série]”, afirmou. Continua depois da Publicidade Suzane von Richthofen foi a mandante da morte dos pais. (Foto: Arquivo pessoal) Um dos processos citados por Campbell foi referente a uma ação em que Suzane alegou ter sido vítima de danos morais por publicações do jornalista. Ela afirmava que ele a chamou de “ilustre psicopata” e mencionou sua residência em Águas de Lindóia, pedindo indenização de R$ 60,7 mil e uma retratação pública. O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou integralmente a queixa. A defesa de Campbell argumentou que nada do que foi publicado tinha caráter ofensivo. “As postagens tinham caráter meramente informativo e não acusatório”, afirmou o advogado Alexandre Fidalgo. Ele acrescentou: “Essa é a terceira ação que a Suzane move conta o meu cliente. Uma delas tentou proibir a publicação de um livro. Mas ela perdeu todas”. Continua depois da Publicidade Ao avaliar o caso, a juíza Ana Paula Schleiffer Livreri concluiu que as publicações não configuravam violação à honra da autora. “A situação específica dos comentários lançados pelo réu, a respeito da moradia da autora junto à Cidade de Águas de Lindóia, não configura por si só ato ofensivo”, afirmou. Com relação à expressão mencionada na ação, ela reforçou: “A utilização da expressão ‘ilustre psicopata’, no contexto dos autos, com a comprovação de sua condenação criminal […] também não configura dano moral”. Daniel e Suzane foram responsáveis pelo assassinato dos pais da jovem. (Foto: Arquivo Pessoal) A magistrada ainda destacou que uma retratação pública apenas ampliaria a exposição do caso. Em decisão anterior, de 2019, o STF já havia derrubado a censura ao livro Suzane, assassina e manipuladora, escrito por Campbell, permitindo sua publicação no ano seguinte.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br