O MC Poze do Rodo, que foi preso nesta quinta-feira (29), confirmou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ter ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. Segundo o g1, ele foi levado para a Penitenciária Serrano Neves, conhecida como Bangu 3, no Complexo de Gericinó. Esta é uma das unidades prisionais onde estão membros do CV.
Conforme o portal da Globo, Poze tinha a opção de se declarar neutro e ficar em uma unidade destinada a presos sem facção. Uma audiência de custódia ocorreu na tarde de ontem, na cadeia de Benfica, e o juízo da Central de Audiência de Custódia determinou a prisão do funkeiro por 30 dias. Prontuário de Poze do Rodo foi divulgado após sua prisão (Foto: Reprodução/TV Globo)
Já o portal Metrópoles informou que o próprio MC pediu para ficar na mesma ala do Comando Vermelho. A justificativa é de que ele “tinha receio” de ficar detido no mesmo local que os integrantes da facção rival, Terceiro Comando Puro (TCP). Prisão do MC O mandado de prisão foi cumprido por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) na mansão de MC Poze, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Veja o momento: Exclusivo: Vídeo mostra momento exato da prisão de MC Poze do Rodo no Rio pic.twitter.com/MATs6oOe43 — VTzeiros (@vtzeiross) May 29, 2025 Continua depois da Publicidade Marlon Brandon Coelho Couto da Silva, nome verdadeiro do cantor, é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Em uma nota, a Polícia Civil também alegou que o funkeiro tem “envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV)”. De acordo com as apurações do caso, ele realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pela maior facção criminosa do RJ, com a presença ostensiva de traficantes armados com fuzis, a fim de sua “segurança” e do evento. Além disso, o DRE apontou que o repertório das músicas de Poze “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes“. A delegacia afirmou que os shows do MC são estrategicamente utilizados pela facção “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes“. Continua depois da Publicidade O funkeiro não quis dar declarações ao sair de casa nem ao chegar à Cidade da Polícia. Contudo, ao deixar o local por volta das 11h40, revoltou-se com sua prisão. “Essa implicância comigo já é de muito tempo. Só eu que passo isso aqui. Manda fazer isso lá com os filhos de desembargador, quem merece. Aí comigo olha como é o tratamento. Tá maluco!”, reclamou. O cantor também foi questionado sobre as provas apresentadas, mas contestou as informações. “Isso é perseguição! Cara de Pau. Tem indícios, mas não tem prova de nada. Manda provar aí”, rebateu. Assista: AGORA! MC Poze do Rodo é transferido da Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, e declara à imprensa: “Isso é perseguição mano, cara de pau!” #sbtrio #sbt #noticias pic.twitter.com/DPavQPbenb — SBT Rio (@sbtrio) May 29, 2025 Continua depois da Publicidade Em uma nota no Instagram, a equipe de Poze do Rodo também se pronunciou sobre o ocorrido. “A acusação de associação ao tráfico e apologia ao crime não fazem o menor sentido, Poze é um artista que venceu na vida através de sua música. Muitos músicos, atores e diretores tem peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas nunca são processados, porque se tratam justamente de obras de ficção”, observou o texto. “A prisão do Poze, ou mesmo a prisão de qualquer MC nesse contexto é na realidade criminalização da arte periférica, uma perseguição, mais um episódio de racismo e preconceito institucional, a forma absurda que o Poze foi conduzido é a maior prova disso”, criticou a equipe, por fim. A declaração ainda disse que “MC não é bandido”.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br