Ler resumo O jornalista Márcio Gomes, da CNN Brasil, reclamou dos altos preços de alimentos durante a COP 30, em Belém (PA), e o vídeo viralizou nas redes. Após a repercussão, a jornalista Márcia Dantas rebateu as críticas e defendeu o valor dos produtos regionais, como o queijo do Marajó.
O jornalista Márcio Gomes, da CNN Brasil, questionou os preços cobrados por alimentos durante a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém (PA). Em vídeo publicado nesta quinta-feira (6), ele relatou ter gastado R$ 99 em dois salgados e um refrigerante.
“Amigos, nesse primeiro dia de discussões sobre o clima, eu, trabalhando bastante, correndo bastante aqui nesse parque da cidade, onde foi montado todo o complexo da COP 30, fui buscar um salgadinho e tá caro”, começou.
Na gravação, Gomes mostrou os produtos adquiridos e detalhou o valor pago: “Essa quiche de espinafre mais esse refrigerante zero, isso aqui deu 70 reais. Achei que ia ser pouco pra me alimentar pelo dia inteiro, então comprei esse camarão com queijo, deu 28 reais, ou seja, aqui deu 99 reais”. Atualmente na CNN Brasil, Gomes já foi apresentador do Jornal Hoje, da TV Globo. (Foto: Reprodução/TV Globo) O jornalista também comentou sobre o que foi dito pela vendedora ao ser questionada pelo preço. “Aí eu falei: ‘Nossa, mas é salgadinho, 29 reais’. E ela [a vendedora] disse: ‘Mas o queijo é de Marajó’. Deve ser um queijo maravilhoso, claro que eu vou provar, respeitando a culinária aqui do lugar, respeitando tudo, mas esses preços estão exorbitantes aqui na COP”, argumentou. Assista: O Jornalista Marcio Gomes da CNN usou as redes sociais para reclamar do preço dos alimentos no parque da cidade onde ocorre a #COP30 VEJAM o que ele comeu e o valor de cada produto 👇👇🫢🫣👀😱 #Belem pic.twitter.com/a1TvEn0kar — Notícias do Pará (@NoticiasdoPARA) November 6, 2025 Uma garrafa de água de 350 ml está sendo vendida em Belém por R$ 25, enquanto sucos naturais custam cerca de R$ 30. Sanduíches naturais saem por R$ 35, e refeições completas chegam a R$ 70. Já um brigadeiro custa R$ 20, e um brownie, R$ 30. O vídeo de Márcio repercutiu nas redes e gerou diferentes reações. “Gente, qual o link da vaquinha deste pobre senhor?”, ironizou um perfil. “Um jornalista dessa envergadura reduzindo o debate climático ao preço do salgadinho”, criticou outro. “Engraçado… se a COP fosse no Sul ou Sudeste, os preços nunca seriam pauta, né? Sinceramente, meu senhor”, comentou uma usuária. Continua depois da Publicidade Além das críticas, houve quem concordasse que os valores estavam altos. “O queijo do Marajó até é justificável. Mas e a garrafa de água custando R$ 25 ou o café a R$ 18?”, questionou uma pessoa. “Caro não, exploração! Isso sim”, escreveu outra. “Não interessa de onde veio, tá caro sim”, completou mais uma. Queijo de Marajó Após a repercussão do vídeo, a jornalista Márcia Dantas — que foi apresentadora do Primeiro Impacto, do SBT, e hoje integra a Jovem Pan — rebateu os comentários do colega de profissão. A comunicadora destacou que, se os preços fossem em São Paulo, provavelmente não seriam questionados. Ela também aproveitou para explicar que o queijo da Ilha de Marajó tem um processo de produção que justifica o valor cobrado. Márcia Dantas rebateu Márcio Gomes. (Foto: Reprodução/Instagram) “Como paraense, eu falei: ‘Não é possível, a gente paga tanta coisa cara aqui em São Paulo. Eu vou pesquisar, e quando eu vi que o Márcio Gomes falou do queijo do Marajó, eu decidi entender a cadeia produtiva. O queijo do Marajó, que por sinal, é um dos produtos mais raros e premiados do Brasil“, afirmou. Dantas continuou: “Márcio Gomes e colegas jornalistas, e todos que vão participar da COP, esse queijo é feito com leite de búfala, lá na Ilha do Marajó, onde parte da minha família, inclusive, nasceu. O queijo é artesanal, tem indicação geográfica muito específica, o que significa que segue regras rígidas de produção. O kg do queijo do Marajó, minha gente, pode custar até 200 reais. Mas se a gente for parar pra pensar que aqui em São Paulo a gente paga 29 reais num pão com ovo facilmente gourmetizado, que você come com os amigos ali perto da Paulista”. Continua depois da Publicidade Por fim, a jornalista afirmou que os preços só são questionados quando o produto vem da região amazônica. “Só que quando a gente fala do Amazonas, mesmo sendo produto artesanal, mesmo tendo tradição, aí é caro, né? As pessoas de fora reclamam do preço. Bom, a COP30, gente, também vai servir pra isso: a gente quer preservar a cultura, o trabalho em cadeia artesanal, o trabalho do amazônida. Então não tá caro, tá é barato demais, meu bem”, concluiu. Veja: Márcia Dantas rebate jornalista que reclamou de preços de salgados na COP30 pic.twitter.com/9k8gj9DEux — WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) November 7, 2025
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Fonte: hugogloss.uol.com.br