O mercado da música precisou se reinventar para manter as engrenagens funcionando (ou pelo menos vem tentando) durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com a UBC (União Brasileira de Compositores), o prejuízo pode ultrapassar a marca de US$ 5 bilhões — cerca de R$ 27 bilhões. Com o cancelamento de shows, festivais e outros eventos, as lives ganharam espaço, importância e milhões de visualizações.
Se por um lado a crise sanitária trouxe impactos econômicos e, também, ampliou as desigualdades entre os profissionais que fazem música no Brasil, de outro, grandes escritórios têm conseguido garantir resultados expressivos. Para se ter uma ideia, a dupla Maiara e Maraisa, hoje um dos principais nomes do sertanejo, alcançou quase oito milhões de visualizações nas últimas duas apresentações online.
Maiara, em conversa com a imprensa, na terça-feira (11), revelou que os shows digitais têm garantido, ao menos, o pagamento das contas em dia. Diante de um cenário ainda pessimista, com expectativa de vacinação em massa contra a covid-19 apenas para o início do ano que vem, manter a estrutura existente é uma exceção.
“Eu acho que tem muita gente lucrando, sim, no sentido de poder ajudar outras pessoas. No sentido de poder pagar as contas. Porque a gente também tem funcionários. Tem muita gente que depende. Então, está sendo uma forma, sim, da gente, não de lucrar a ponto de…, mas acho que de se manter. De manter essa fase a que a gente está passando”, explica a cantora.