Hugh Grant não está nada satisfeito com a maneira como a educação tem sido conduzida nas prestigiadas escolas frequentadas por seus filhos. Durante um evento recente da campanha “Close Screens Open Minds”, realizado na Knightsbridge School, em Londres, o ator fez críticas contundentes à forma como as instituições de ensino têm lidado com o tempo de tela das crianças — especialmente as consideradas “escolas particulares chiques“, conforme relatado pelo The Telegraph.
Pai de cinco filhos — John Mungo, Lulu, Blue, Tabitha e Felix —, ele se descreveu como “outro pai zangado lutando a eterna, exaustiva e depressiva batalha com crianças que só querem estar em uma tela“. Grant, conhecido por filmes como “Quatro Casamentos e um Funeral” e “Wonka”, condenou o que vê como uma cultura de excesso de zelo nas escolas de elite. Continua depois da Publicidade Para ele, regras como evitar o recreio por causa da chuva ou impedir as crianças de subir em brinquedos por conta do vento são absurdas: “É patético. Me parece que há espaço aqui para uma escola, um conjunto de escolas, quebrar o molde“. Hugh Grant relata descontentamento com crianças usando celulares. (Foto: Getty) A crítica de Grant se intensificou ao lembrar do momento em que a escola de seus filhos adotou o uso obrigatório de notebooks para as atividades escolares, inclusive as tarefas de casa. Ele não escondeu sua indignação: “Essa é a última coisa que eles precisam, e a última coisa que precisamos“.
Ao lado do psicólogo social Jonathan Haidt e da atriz Sophie Winkleman, o ator levantou preocupações sobre o impacto das telas no desenvolvimento infantil. Haidt alertou para uma “epidemia de doenças mentais” entre jovens, impulsionada pela fragmentação da atenção. Em sua fala, ele defendeu que plataformas digitais sejam apenas para maiores de 16 anos, enquanto o uso de tecnologia em sala de aula deve ser repensado com urgência. Além disso, Grant acredita que, quando um número suficiente de responsáveis se posiciona, tanto políticos quanto escolas passam a escutar. “Acho que uma vez que você obtém uma massa crítica de pais que estão indignados com a EdTech, bem como com todas as outras questões, os telefones, etc., é quando os políticos ouvem, porque têm medo disso. É também quando as escolas começam a ouvir, porque têm medo de que as pessoas saiam de suas escolas e percam negócios“, argumentou.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br