Ler resumo A Globo cancelou a estreia do documentário sobre a revista G Magazine, mesmo com o projeto quase pronto. Oficialmente, a emissora diz que “a história não chegou onde queria”, mas nos bastidores a decisão é vista como autocensura diante do público mais conservador.
Criada e editada pela jornalista Ana Maria Fadigas, a “G Magazine” circulou entre 1997 e 2013 e revolucionou o mercado editorial brasileiro ao publicar fotos ousadas de figuras públicas como Mateus Carrieri, Vampeta e Alexandre Frota, além de reportagens jornalísticas. Todos chegaram a gravar depoimentos para a série, que já estava quase concluída. Ana Maria contou ao NTV que soube do cancelamento pela própria reportagem. Segundo ela, profissionais da emissora já haviam alertado que o projeto estava “sob observação, entre aspas, sob censura”. [anunci] “Não era um documentário pornográfico. Era sobre a história da nudez masculina e da ‘G Magazine’, e isso não é pornográfico na minha concepção. E se tivesse nudez, era só esconder”, afirmou. O episódio coincide com a divulgação da pesquisa “Brasil no Espelho”, realizada pela Quaest a pedido da Globo, que entrevistou quase 10 mil pessoas para mapear os valores e percepções do público brasileiro. O levantamento mostrou um país majoritariamente religioso (96% creem em Deus), com apego à família e visão política mais central ou de centro-direita. *]:pointer-events-auto [content-visibility:auto] supports-[content-visibility:auto]:[contain-intrinsic-size:auto_100lvh] scroll-mt-[calc(var(–header-height)+min(200px,max(70px,20svh)))]” dir=”auto” tabindex=”-1″ data-turn-id=”ebf46227-1c52-4882-8981-f2833f2729c3″ data-testid=”conversation-turn-2″ data-scroll-anchor=”true” data-turn=”assistant”> A Globo decidiu cancelar a estreia da série documental que contaria a história da revista “G Magazine”, publicação que marcou os anos 1990 por trazer ensaios de homens famosos nus e abordar a sexualidade masculina sob uma ótica inédita para o período. O projeto, que estava em produção desde 2023 e programado para estrear no Globoplay em agosto, foi descartado na reta final. A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (29) por Manuel Belmar, principal executivo da plataforma. Belmar justificou a escolha dizendo que “a história não chegou onde a gente queria”. Nos bastidores, porém, fontes apontam que o cancelamento pode ter sido motivado por uma autocensura interna, para evitar desgastes com o público mais conservador — o que a emissora nega oficialmente. As informações são do Notícias da TV.
vw, 617px” />A série falaria sobre os bastidores e o impacto da revista para a comunidade LGBT+. Foto: Reprodução Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o resultado desse estudo tem influenciado diversas decisões de conteúdo na emissora — incluindo ajustes na linha editorial e mudanças internas no jornalismo. Belmar, que também é diretor de produtos digitais, jurídico e ESG do Grupo Globo, reforçou que a decisão sobre a “G Magazine” foi pontual: “A gente decidiu fazer, a história não chegou onde a gente queria, e a gente optou por cancelar. Não é verdade que houve qualquer tipo de censura ao documentário. O cancelamento foi decidido exclusivamente por questões artísticas, como pode acontecer com qualquer produção encomendada para nossas plataformas”, explicou o executivo. Continua depois da Publicidade O diretor também admitiu que outros projetos podem ter o mesmo destino, citando como exemplo a segunda temporada da série “Vale o Escrito”, sobre o jogo do bicho no Rio de Janeiro, que ainda está sob avaliação.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques
Fonte: hugogloss.uol.com.br