Freddie Mercury manteve, por mais de uma década, uma relação próxima e confidencial com uma filha cuja existência nunca foi revelada publicamente. A história veio à tona agora, com a publicação da biografia “Love, Freddie”, escrita por Lesley-Ann Jones, a partir dos relatos da própria filha do cantor, identificada apenas como “B”, e do conteúdo de 17 cadernos pessoais deixados a ela antes da morte do vocalista do Queen, em 1991.
Segundo o livro, a filha de Mercury nasceu em 1976, fruto de um caso com a esposa de um amigo próximo do artista. A gravidez, não planejada, foi mantida em sigilo absoluto por todos os envolvidos, incluindo os integrantes da banda, a família do cantor e Mary Austin, seu grande amor e companheira até o fim da vida.
De acordo com a autora, Mercury e os pais adotivos da criança — a mãe biológica e o marido dela — firmaram um acordo privado: a menina seria criada por eles, mas Freddie estaria presente como figura paterna, mantendo visitas regulares e vínculos afetivos até sua morte, em decorrência de complicações causadas pela Aids. “Freddie Mercury foi e é meu pai. Tivemos um relacionamento muito próximo e amoroso desde o momento em que nasci e durante os últimos 15 anos de sua vida. Ele me adorava e era devotado a mim. As circunstâncias do meu nascimento podem parecer, para a maioria das pessoas, incomuns e até ultrajantes. Isso nunca diminuiu o compromisso dele de me amar e cuidar de mim. Ele me estimava como um bem precioso”, escreveu B em uma carta incluída no livro. Freddie Mercury e Mary Austin (Foto: Getty) B, hoje médica, mãe e residente na França, revelou ter decidido contar sua história por vontade própria, sem qualquer interesse financeiro ou pressão. “Após mais de três décadas de mentiras, especulações e distorções, é hora de deixar Freddie falar. Aqueles que sabiam da minha existência guardaram seu maior segredo por lealdade a Freddie. A decisão de me revelar na meia-idade é minha e somente minha. Em nenhum momento fui coagida a fazer isso”, afirmou. Segundo ela, os cadernos que Mercury começou a escrever em 1976, ao descobrir a gravidez, registram memórias da infância na Tanzânia, o exílio da família no Reino Unido, reflexões sobre fama e sexualidade, além de relatos íntimos de seus últimos anos de vida. Continua depois da Publicidade A biógrafa relatou que conheceu B há cerca de três anos. “Meu instinto foi duvidar de tudo, mas tenho absoluta certeza de que ela não é uma fantasiosa. Ninguém poderia ter falsificado tudo isso. Por que ela teria trabalhado comigo por três anos e meio, sem nunca exigir nada?”, afirmou Lesley-Ann Jones ao Daily Mail. A escritora também garantiu que B nunca foi sustentada pelo testamento de Mercury, mas que o cantor providenciou um acordo financeiro privado, garantido em vida. A mãe da filha de Mercury, segundo o livro, era católica e optou por manter a gravidez mesmo estando casada com outro homem. A identidade dela permanece preservada, e acredita-se que tenha falecido há alguns anos. Os registros de nascimento da criança e qualquer documentação legal referente à paternidade foram mantidos em sigilo. Apresentação icônica do Queen no Rock In Rio. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais) Continua depois da Publicidade Mary Austin, apontada por B como a única pessoa fora da família direta a conhecer todos os detalhes da história, é citada com reverência. “Mary Austin — a mulher maravilhosa que foi, para todos os efeitos, sua esposa até que a morte os separou — sabia absolutamente tudo sobre ele, incluindo todos os seus segredos não revelados”, escreveu a filha. A biografia “Love, Freddie” será publicada em setembro.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br