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Resumo da NotíciaA vida de Freddie Mercury pode ganhar novo capítulo com o documentário Freddie Mercury: A Secret Daughter, que estreia no sábado (6). A produção revela a história de “B”, mulher que afirma ser filha do cantor. A investigação é da jornalista Lesley-Ann Jones, autora de biografias do artista, que reuniu e-mails, depoimentos e supostos diários pessoais do astro.
A vida de Freddie Mercury, lendário vocalista do Queen, sempre despertou curiosidade e especulações. Agora, sua história pode ganhar um novo capítulo. O documentário “Freddie Mercury: A Secret Daughter (Freddie Mercury: A Filha Secreta, em português)”, que vai ao ar no sábado (6), promete revelar detalhes sobre a suposta filha não reconhecida do cantor.

A investigação é conduzida pela jornalista musical Lesley-Ann Jones, considerada especialista na trajetória de Mercury. Autora de diversas biografias do artista, fruto de décadas de pesquisa e entrevistas, ela afirma ter se surpreendido ao descobrir a existência dessa possível filha — cuja paternidade, no entanto, não pode ser comprovada.
A história veio à tona em dezembro de 2021, quando Lesley recebeu um e-mail inesperado de uma fonte anônima identificada apenas como “B”. A mensagem, com 41 páginas e mais de 26 mil palavras, relatava uma conexão direta com Mercury. “Eles não se identificaram na época. Esse e-mail tinha 26 mil palavras e 41 páginas”, contou a jornalista. A partir dessa troca de mensagens nasceu o documentário do Channel 5, canal britânico, que sustenta que poucas pessoas tinham conhecimento sobre “B”. Segundo o filme, a própria “B” sempre soube da verdade sobre sua origem. Continua depois da Publicidade Ainda assim, a revelação gera controvérsias. Amigos próximos de Freddie rejeitam a possibilidade de ele ter tido uma filha. Lesley-Ann, porém, diz estar acostumada às reações hostis: “Já estou acostumada há muito tempo com a hostilidade e a violência de certos grupos de fãs do Queen. Cada vez que lanço um livro, vem uma onda de ataques”. A única forma de esclarecer a paternidade seria por meio de um exame de DNA — algo quase inviável, já que Freddie foi cremado em 1991 e seus pais também já faleceram. A única parente viva que poderia fornecer respostas é sua irmã mais nova, Kashmira Bulsara. Lesley-Ann afirma ter tentado contato, mas não obteve retorno. Freddie Mercury cheegou a ser noivo de Mary Austin, mas o relacionamento chegou ao fim em 1976. Foi uma das únicas relações públicas do cantor. (Foto: Getty) “Escrevi para ela, convidando-a para conversar comigo. Ela não respondeu. Pelo que me disseram, Kashmira era totalmente contra a ideia dessa criança, por causa da religião”, explicou a jornalista. A família de Freddie pertencia à comunidade parsi, grupo étnico-religioso originário do Irã que migrou para a Índia no século X, seguindo os preceitos do Zoroastrismo, uma das religiões mais antigas do mundo. No primeiro contato, “B” afirmou ter informações inéditas sobre Mercury. A jornalista ficou impressionada com o nível de conhecimento.“Ela disse que tinha lido meu livro mais recente, ‘Love Of My Life’, e me agradeceu por ter chegado mais perto da verdadeira história de Freddie do que qualquer pessoa antes. Mas também afirmou que havia mais coisas que eu deveria saber. Então, começamos a trocar mensagens. Foi aí que as peças começaram a se encaixar”, explicou. Continua depois da Publicidade Em determinado momento, Lesley-Ann chegou a cogitar se “B” poderia ser filha de Roger Taylor, baterista do Queen: “Havia muitas contradições. E isso era exatamente quem Freddie era. Ela não tentava me convencer de nada, mas conseguia responder a todas as minhas perguntas com informações que eu podia depois pesquisar. Achei que pudesse ser filha do Roger. Mas no fim concluí que só podia ser filha do Freddie”. Segundo a jornalista, “B” confirmou a teoria: “Ela disse: ‘Você adivinhou, eu não te contei’”. O vasto conhecimento de “B” sobre o Queen também chamou atenção: ela teria ido ao seu primeiro show da banda aos cinco anos e conhecido os pais de Freddie aos oito, quando sua família se mudou para Londres. No entanto, nunca passou o Natal com o cantor. Continua depois da Publicidade Lesley-Ann e “B” mantêm contato até hoje. No primeiro encontro presencial, em Montreux, na Suíça, a suposta filha teria entregue à jornalista diários pessoais do artista, que, se autênticos, reforçariam sua versão. Para Lesley-Ann, o documentário é uma tentativa de resgatar a identidade de Freddie após anos de “mitificação” do ídolo: “O rótulo de ícone gay surgiu depois da morte dele, e outras pessoas são responsáveis por isso. Ele ficaria aliviado. Isso sempre esteve na mente da ‘B’: devolver a verdade de Freddie”.

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Fonte: hugogloss.uol.com.br