Uma lei de anistia aprovada em 1979 pelo regime militar impediu a punição dos culpados.No entanto, em dezembro, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), interpretou pela primeira vez que a anistia não pode incluir a ocultação de cadáveres.Em sua decisão, que ainda precisa ser analisada pelo plenário do STF, Dino citou “Ainda Estou Aqui”, lançado um mês antes. A sala onde uma das cenas icônicas de “Ainda Estou Aqui” foi gravada, no Rio de Janeiro Imagem: Pablo Porciuncula/AFP”Hoje o Brasil está mais sensibilizado sobre a ditadura, graças a fatores que vão desde um filme até notícias sobre uma conspiração militar”, afirma Eugênia Gonzaga, presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.Segundo Gonzaga, o número de vítimas do regime militar pode ser muito maior do que o oficial, se forem considerados grupos não vinculados a partidos, como indígenas atingidos pela repressão.
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