Ler resumo Marcos de Andrade comentou sua experiência ao interpretar o ex-prefeito Acir Filló na série “Tremembé”. O ator falou sobre a repercussão do papel, a preparação para a atuação e a relação com o político, destacando que não se sentiu ofendido pelos comentários de Filló.
Marcos de Andrade, que interpretou o ex-prefeito Acir Filló na série “Tremembé“, afirmou que não se sentiu ofendido com o comentário do político, que o chamou de “feio”. Em entrevista ao Notícias da TV, nesta sexta-feira (21), o ator disse que se divertiu com a repercussão e nunca sentiu necessidade de rebater a crítica.
Marcos acredita que não houve intenção de ofender. “Confesso que eu me diverti um bocado com essa história. A verdade é que eu simplesmente não me senti ofendido”, disse. Segundo o artista, a fala do político foi apenas uma brincadeira: “Jocosa, inocente, que inclusive incluía ele mesmo”. Andrade comparou a situação com comentários comuns: “Vão ter que chamar o Brad Pitt para me interpretar”.
Marcos também destacou que, mesmo que tivesse alguma má intenção por trás da fala, ele não daria importância: “Ainda assim, isso não me ofenderia simplesmente porque não acho importante. Não entendo que seja um assunto com o qual deva me ocupar ou ocupar o tempo das pessoas. Raramente me preocupa o que outras pessoas pensam ou falam sobre mim. Tudo isso é, repito, uma história sem importância. E tá tudo bem!”. Ator Marcos de Andrade em “Tremembé”. (Foto: Reprodução/Prime Video) O artista comentou ainda sobre a percepção de Filló de que apenas 50% de sua vida aparece na série. Surpreso com o número, ele explicou que obras baseadas em pessoas reais estão sempre incompletas. “Um personagem nunca será uma cópia absolutamente fiel da complexa realidade de um ser. É ficção, ainda que baseado no real”, pontuou. Para se preparar para o papel, Marcos realizou estudos detalhados, incluindo leituras de “O Holocausto Brasileiro”, “Memórias do Cárcere” e “Memorial da Casa dos Mortos”. O repertório ajudou a criar “uma espécie de memória espiritual” que o permitiu acessar sensações de claustro e aprisionamento, presentes na série do Prime Video. Continua depois da Publicidade Além de falar sobre sua experiência, o ator refletiu sobre o impacto social da obra: “True crime virou uma coisa que gera muito interesse. Não é só uma curiosidade mórbida. E, mesmo que fosse só isso, a pergunta é: o que essa curiosidade revela sobre a nossa natureza e a vida que a gente leva?”. Marcos completou: “O que o aumento explosivo de seguidores nas redes sociais dessas pessoas retratadas na série diz sobre a nossa natureza e nosso modo de viver? Sim, é surpreendente que um trabalho que a gente faz vire um fenômeno. Mas o diálogo que ele produz com o público, não é exatamente novo”. Ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos (SP), Acir Filló. (Foto: Reprodução/Instagram) “Ele é feio e eu sou um homem bonito” O ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos (SP), Acir Filló, condenado a quase 20 anos de prisão por corrupção, comentou sobre sua representação na série “Tremembé”. Em entrevista a Ullisses Campbell, roteirista da produção, ele aproveitou para criticar a escolha do ator que o interpreta. “Maratonei em um dia. Me emocionei ao ver o meu passado retratado na tela. O ator que me interpreta (Marcos de Andrade) é muito talentoso. Mas ele é feio e eu sou um homem bonito. Queria que chamassem o Fabio Assunção, que é galã e tem a minha idade”, comparou. Continua depois da Publicidade Filló ficou dois anos e quatro meses preso em Tremembé, onde conviveu com Roger Abdelmassih, Daniel e Cristian Cravinhos, Alexandre Nardoni e Lindemberg Alves. Ele afirmou que o que presenciou dentro do presídio vai além do que foi mostrado na série do Prime Video. Filló e Cristian Cravinhos na penitenciária de Tremembé. (Foto: Arquivo pessoal) “Condiz em 50%. Até porque a série não mostra tudo o que vivi e testemunhei lá em Tremembé. Criei estratégias, treinei presos famosos para audiências com a Justiça, ensaiei respostas para eles darem nos exames criminológicos e em entrevistas para a TV. Fiz um verdadeiro media training com os presos famosos”, contou Filló, que é jornalista.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br