Vittor Fernando retornou para as redes sociais, nesta quinta-feira (20), após ser baleado e passar por uma cirurgia. Ele e o ator Gabriel Fuentes ficaram feridos após terem o carro alvejado na cidade de Itatiaia, no Rio de Janeiro. O caso aconteceu no dia 24 de outubro.
“Eu quero agradecer as pessoas que cuidaram de mim nesse período, porque o que aconteceu comigo foi realmente grave. Tudo que aconteceu foi questão de tempo para eu não perder a perna, questão de tempo para eu não morrer mesmo também, porque todas as cirurgias que eu fiz, eu precisava fazer, senão algo muito pior ia acontecer”, iniciou.
No relato, o influenciador falou sobre as teorias da conspiração que rondam o caso. “Não foi uma morte encomendada, não foi alguém que me perseguiu, não tem nada a ver com o Halloween. O que aconteceu comigo foi só mais um caso de entrar em uma rua errada no Rio de Janeiro. Eu sei que parece loucura, mas é real. Eu já tinha visto notícias sobre, mas nunca imaginei que ia aconteceu comigo”, admitiu. O ataque aconteceu quando os dois pararam em um posto de gasolina na Rua das Laranjeiras, no bairro Penedo, em Itatiaia, no sul do Rio de Janeiro, para descansar e fazer um lanche. O carro em que estavam foi alvejado. Durante o ataque, eles conseguiram fugir, mas foram perseguidos e acabaram feridos — um na perna e o outro de raspão. Continua depois da Publicidade “Foi a primeira vez que fomos e voltamos de carro, mas a gente confiou. A gente encostou o carro pra comer, eu nunca tinha visto uma arma com laser vermelho na minha vida. Demoramos pra assimilar o que era aquele laser no carro, nunca imaginamos que seria uma arma, não suspeitamos que fosse isso. Quando a gente saiu, ouvimos o chapisco do tiro no carro, não dava pra ver a pessoa e era uma arma silenciosa”, contou. “Nosso intuito foi acelerar e meteram bala no carro, foi muito assustador. Nisso, uma das balas acertou o pneu do carro, mas fomos acelerando muito e caímos numa rua sem saída. Era perto de um matagal, não sabia o que fazer. No desespero, o Gabriel achou que o carro não andaria mais. Eu liguei pra minha irmã e contei, isso era umas 4h da manhã. A gente só pensava que ia morrer!”, continuou. Continua depois da Publicidade Segundo ele, foi nesse momento que ambos perceberam que Gabriel tinha levado um tiro no braço: “Tava sangrando, foi um desespero muito grande, a gente tava chorando. Mas a gente não tava conseguindo virar o carro pra sair dali. Aí ele conseguiu virar o carro, porque era uma rua estreita. Nisso a gente viu a pessoa vindo na nossa direção de novo, com o laser. Foi muito desesperador! Aí eu fale: ‘Ou vamos morrer parados, ou a gente morre tentando sair, acelerando pra cima dele’”. “O Gabriel foi acelerando, desespero, calor do momento, coração a mil, e ele pipocando o carro. Nisso que a gente passou ele veio pra lateral e foi quando me acertou. Acertou meu ombro e minha perna, foi na divisa entre o ombro e o peito. Eu senti que tinha sido gravemente ferido nessa hora. A gente não sabia onde estava, o GPS não recalculava a rota. Quando a gente conseguiu voltar pra estrada, vi que estava sangrando muito. Fiz tudo que pude, tudo que tinha de referência de filme pra estancar, mas eu estava sentindo meu corpo meio gelado”, prosseguiu. Vittor compartilhou imagens do carro destruído pelos tiros. (Foto: Reprodução/INstagram) A partir daí, eles começaram a procurar um hospital. “A gente parou num desses lugares que os ônibus param quando você está viajando e pediu ajuda. Eu estava perdendo muito sangue, com muita dor e os dois em estado de choque. A gente conseguiu falar com a polícia de São Paulo, era bem na divisa. Eu fui socorrido e fui para um hospital público. Chegando lá a gente descobriu que o tiro do Gabriel não tinha sido tão grave. E o tiro tinha atravessado minha panturrilha, tive uma fratura exposta”. “O do meu braço até então também não era sério. Quando a gente fez raio-x, ressonância, descobrimos que além do tiro, eu estava com um estilhaço da bala dentro do coração. Isso foi o mais grave! A arma que foi usada contra a gente foi uma que estilhaça dentro de você, eu sei porque a polícia contou e eu pesquisei”, acrescentou. “A bala estilhaçou e não veio direto para o meu coração, foi uma coisa muito rara que os médicos falaram, que eles já viram pouquíssimas vezes na vida. Por isso eles dizem que foi um milagre esse estilhaço ter chegado no meu coração sem ter rasgado alguma parte importante do corpo e eu ter tido uma hemorragia interna”, desabafou. Continua depois da Publicidade Vittor trocou de hospital e contou que os médicos decidiram operar o coração: “A cirurgia deu muito certo, mas eu precisava de um tempo pra me recuperar. Fiquei com dreno, com catéter, fiquei entubado um tempo, tendo que usar máscara de oxigênio. É uma cirurgia bem delicada, mas deu tudo certo”. Após o procedimento, a atenção voltou novamente para a perna. “Depois voltamos a pensar na perna e descobrimos que o osso não tinha quebrado, estava só ‘bambo’. Então eu decidi, junto com o médico, deixar ele calcificar, sem necessidade de cirurgia, deixando o osso se regenerar sozinho e com muita fisioterapia”, explicou. “Ainda estou meio debilitado, mas aos poucos estou me recuperando. Aos poucos vou voltando para as redes, vou mostrar um pouquinho da minha recuperação também. Estou fazendo uma alimentação específica e estou no meio de uma mudança. Pretendo não sumir, vi que vocês ficaram preocupados. Estou muito bem, dentro do possível. Eu poderia ter sobrevivido com muitas sequelas ou nem ter sobrevivido, dos males o menor. O que importa é a vida e a saúde”, concluiu. Assista à íntegra:
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Fonte: hugogloss.uol.com.br