Jon Cryer abriu o jogo sobre sua experiência em “Dois Homens e Meio” e revelou que recebia apenas um terço do salário de Charlie Sheen. Em participação no documentário “aka Charlie Sheen”, exibido pela Netflix, o ator que interpretava Alan Harper também relembrou os momentos ao lado do colega e fez uma comparação polêmica.
A diferença salarial se tornou ainda mais evidente quando os problemas pessoais de Sheen começaram a atrapalhar a produção da série, resultando em sua saída após a 8ª temporada. Na época, o ator chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação.
“Ele estava no meio de um colapso em todos os sentidos imagináveis, e estava renegociando seu contrato para mais um ano de um programa do qual eu também deveria participar”, contou Cryer. Elenco de “Dois Homens e Meio” (Foto: Michael Caulfield/Getty Images) O intérprete de Alan Harper comparou a situação de Sheen à de um ditador: “O ditador da Coreia do Norte era um cara chamado Kim Jong-Il. Ele agia como louco o tempo todo e, assim, recebia enormes quantias de ajuda de países que tinham tanto medo dele que acabavam dando dinheiro. Bem, foi isso que aconteceu com ele [Charlie Sheen]. As negociações de Sheen saíram completamente do controle porque a vida dele estava desmoronando. Eu, cuja vida estava bem boa naquela época, recebia um terço do valor”. Jon Cryer permaneceu no elenco de Two and a Half Men até o final da série, em 2015, mesmo após Charlie Sheen ter sido substituído por Ashton Kutcher. A diferença de remuneração já havia sido divulgada em outros veículos. Segundo a Forbes, em 2011 Sheen recebia US$ 1,9 milhão por episódio, enquanto em 2013 a The Hollywood Reporter informou que Cryer ganhava cerca de US$ 620 mil. Continua depois da Publicidade Cryer revelou, ainda, que teve dúvidas antes de aceitar participar do documentário. “Trabalhei com Charlie Sheen por oito anos. E se você se pergunta como é trabalhar com Charlie Sheen por oito anos: quando comecei, eu tinha cabelo”, ironizou. Jon Cryer e Charlie Sheen em “Dois Homens e Meio”. (Foto: Reprodução/ Warner Bros.) Cryer ainda refletiu sobre o ciclo de altos e baixos do ex-colega. “Eu estava um pouco apreensivo em participar disso [‘aka Charlie Sheen’], em parte porque o ciclo da vida do Charlie sempre foi esse: ele faz uma grande besteira, chega ao fundo do poço, depois se recupera e volta a colocar coisas positivas na vida dele. Mas aí, ele mesmo acaba se queimando de novo. Ele simplesmente não consegue evitar colocar fogo na própria casa. E eu não queria fazer parte desse ciclo. Não estou aqui para exaltá-lo nem para destruí-lo. Mas espero muito que isso não acabe mal”, confessou. Em entrevista à People, Sheen confirmou que não mantém contato com Cryer desde sua saída da série. “Ele estava no fogo cruzado com toda aquela porcaria acontecendo, e isso estava afetando ele, a família dele e a carreira dele e tudo mais. Não posso contestar nada do que ele disse [no documentário]”, garantiu. Continua depois da Publicidade Charlie e Jon trabalharam juntos na série entre 2003 e 2011, formando um trio hilário ao lado de Angus T. Jones, o fofo e esperto Jake. Após ser internado numa clínica de reabilitação para tratar sua dependência química, Sheen disparou uma porção de insultos contra o criador da sitcom, Chuck Lorre, em uma entrevista e acabou demitido. A comédia – uma das mais assistidas nos EUA na época – seguiu em exibição até 2015 com a morte de seu personagem e a entrada de Ashton Kutcher. Após polêmicas em torno da série, os artistas pararam de se falar. (Foto: Warner Bros.) Desde o seu desligamento da produção, Charlie não tem feito papéis relevantes na TV. Também em entrevista à People, em 2019, o ator celebrou 14 meses de sobriedade e declarou estar totalmente focado em sua saúde. “Estou sóbrio há quase 14 meses. Essa foi a maior mudança para mim. Eu realmente estou concentrado em minha saúde. Minha família e o trabalho vêm na sequência“, contou o astro, que em 2015 revelou na televisão ser HIV positivo.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br