Resumo da NotíciaLeonardo DiCaprio revelou à Esquire seu maior arrependimento em Hollywood: ter recusado Boogie Nights (1997), de Paul Thomas Anderson, papel que acabou com Mark Wahlberg. O astro também contou que o filme que mais reassistiu é O Aviador e falou sobre sua vida fora dos sets, dizendo que se sente com 32 anos, apesar dos 50.
Com mais de 30 filmes no currículo e sucessos como “Titanic”, “Gangues de Nova York” e “O Grande Gatsby”, Leonardo DiCaprio construiu uma das carreiras mais invejáveis de Hollywood. Ainda assim, o astro admite que cometeu alguns “erros” ao longo de sua trajetória. Em entrevista à Esquire, divulgada hoje (13), ele revelou qual foi seu maior arrependimento profissional e o filme de sua própria filmografia que mais reassiste.
O bate-papo aconteceu durante a divulgação de “One Battle After Another”, novo longa dirigido por Paul Thomas Anderson. Em clima descontraído, DiCaprio surpreendeu ao contar que seu maior arrependimento envolve justamente o cineasta — ele recusou o papel principal em “Boogie Nights: Prazer sem Limites”, filme que se tornaria um clássico. “Vou dizer mesmo com você aqui: meu maior arrependimento foi não ter feito ‘Boogie Nights: Prazer sem Limites’. Foi um filme marcante para a minha geração”, confessou Leonardo.
Ele continuou: “Não consigo imaginar ninguém além do Mark [Wahlberg] nesse papel. Quando finalmente vi o filme, pensei que era uma obra-prima. É irônico que você esteja me fazendo essa pergunta, mas é a verdade”. Lançado em 1997, “Boogie Nights” foi escrito, produzido e dirigido por Anderson e estrelado por Mark Wahlberg. Ambientada em Los Angeles, a trama acompanha um jovem lavador de pratos que se torna astro de filmes pornográficos, narrando sua ascensão na Era Dourada da Pornografia nos anos 1970 e sua queda durante os excessos da década seguinte. Apesar da oportunidade perdida, DiCaprio construiu uma filmografia repleta de prêmios e aclamada pela crítica. Entre os destaques está “O Aviador”, produção vencedora de cinco Oscars e que rendeu ao ator uma indicação na categoria de “Melhor Ator”. Continua depois da Publicidade O curioso é que, mesmo sem ter levado a estatueta, “O Aviador” é o filme que Leonardo mais reassistiu na carreira: “Raramente assisto aos meus filmes, mas, sendo honesto, há um que vi mais vezes que os outros: ‘O Aviador’. Simplesmente porque foi um momento muito especial para mim. Já tinha trabalhado com o Marty [Scorsese] em ‘Gangues de Nova York’ e carregava comigo um livro sobre Howard Hughes há dez anos. Quase fiz o filme com Michael Mann, mas houve um conflito e acabei levando para o Marty. Eu tinha 30 anos. Foi a primeira vez que senti que fazia parte da produção de forma implícita, e não apenas como ator contratado para um papel. Me senti responsável de um jeito completamente novo. Sempre tive orgulho e conexão com esse filme, pois marcou minha transição para um papel de verdadeiro colaborador pela primeira vez”. Leonardo DiCaprio interpretou Howard Hughes em “O Aviador”. (Foto: Divulgação/Miramax Films/Warner Bros. Pictures) Durante a conversa, DiCaprio também fez um raro comentário sobre sua vida pessoal. Questionado sobre como vive longe dos sets, o ator revelou que sente como se sua “vida real” ficasse suspensa durante as filmagens. “Acho que sou bom nisso porque tiro bastante tempo entre um filme e outro. Faço as coisas com mais parcimônia, o que significa que fico ansioso para voltar à minha vida real assim que termino de filmar. A vida fica em pausa durante as filmagens. Tudo para e fica em segundo plano. Talvez eu me preocupasse mais se trabalhasse demais. Pular de filme em filme me deixaria com medo de não ter nada para voltar. Tenho muita sorte nesse sentido”, afirmou. Continua depois da Publicidade Ao ser provocado por Paul Thomas Anderson sobre qual idade sente ter no subconsciente, Leo respondeu sem titubear: “Trinta e dois”. Hoje com 50 anos, ele refletiu sobre como a passagem do tempo o afeta emocional e psicologicamente: “Bem, isso desperta uma vontade de ser mais honesto e não desperdiçar seu tempo. Só posso imaginar como as próximas décadas vão ser. Pego o exemplo da minha mãe, que simplesmente fala exatamente o que pensa e não perde tempo. Ela não gasta energia fingindo”.
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Fonte: hugogloss.uol.com.br