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Todo dia um roteiro diferente, para a frustração dos atores. Kubrick tinha o hábito de reescrever o roteiro todos os dias, gerando descontentamento entre o elenco, especialmente em Jack Nicholson, que decidiu não ler as novas versões. Com isso, o protagonista preferiu confiar em sua capacidade de improvisação e experiência. Jack Nicholson em cena icônica de “O Iluminado” Imagem: Warner Bros. / ReproduçãoQuarto macabro? Número precisou ser alterado para não amaldiçoar hotel. No romance de King, o quarto assombrado é o 217, mas Kubrick precisou alterar essa numeração para 237 a pedido do próprio hotel Timberline Lodge, local onde parte da filmagem ocorreu. O estabelecimento temia que, após o lançamento do filme, os hóspedes evitassem o quarto 217.Gêmeas e labirinto foram “cartas na manga” de Kubrick. As irmãs Grady, vividas por Lisa e Louise Burns, se tornaram verdadeiros ícones do gênero de terror. Mas há quem não saiba que elas saíram da cabeça do diretor para potencializar o clima de pavor do filme e não compõem a obra de Stephen King. Outra criação de Kubrick foi o labirinto de arbustos que aparece no desfecho do longa. De tão intrincado, a equipe se via perdida em seus caminhos e precisava de mapas para conseguir sair de lá. Cenas emblemáticas de ‘O Iluminado’ (1980) Imagem: DivulgaçãoStephen King odiou tanto a versão de Kubrick que fez sua própria. Engana-se quem pensa que o autor do livro original ficou satisfeito com a adaptação feita por Stanley Kubrick. Pelo contrário. Ele rechaçou a performance de Jack Nicholson, assim como as alterações significativas na trama. Em 1997, Stephen King decidiu criar sua própria versão para a televisão e escreveu a minissérie “The Shining” para a ABC. À época fez bastante sucesso entre o público e foi elogiada pela crítica, mas hoje não é tão lembrada quanto o filme.
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